domingo, 19 de junho de 2011

O espaço dos Jogos e Brincadeiras na Escola

Apesar de haver muito indícios que comprovam a importância da brincadeira no desenvolvimento e no processo de aprendizagem infantil, existem muitas pessoas, inclusive educadores que não se conscientizam sobre esse fato.
Wajskop (1997) ao analisar o espaço que a escola reserva à brincadeira e como a brincadeira está inserida nas práticas educativas infantis, conclui que, apesar da escola representar um espaço que supostamente deveria favorecer à criança o seu desenvolvimento como ser autônomo, criativo e pleno; os professores vem reprimindo as crianças na forma de aluno, do qual se espera obediência, silêncio, passividade e submissão. Enfim, acredita-se que para aprender, a criança deve ficar totalmente parada e imóvel. Não são apresentadas às crianças oportunidades de interagir com outras crianças e com o ambiente. Brincadeiras e jogos não são inseridos nos métodos de ensino.
Em concordância, Cória-Sabini e Lucena (2007) comentam que muitos professores do ensino infantil só dão ênfase na preparação para a prontidão, ou seja, só visam preparar as crianças para as séries seguintes, eles vêem as crianças como futuros adultos, dessa forma eles desconsideram as características e as necessidades específicas da criança, que envolve aprender brincando. Para estes professores, brincar é sinônimo de dispersão, assim as brincadeiras só são utilizadas em momentos de recreação; não são consideradas um procedimento valioso de aprendizagem, não há interação entre as brincadeiras e os métodos de ensino.
A brincadeira só é vista como um meio de gastar a energia acumulada das crianças. Mas na sala de aula na hora de aprender, não deve haver brincadeira, a criança tem que estar quieta, parada e concentrada.

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