domingo, 3 de julho de 2011

A Importância do Faz-de-conta

Hoje eu li um artigo muito interessante do Lino Macedo na revista Nova Escola. Nesse artigo o autor afirma que “brincar é mais que aprender, é uma experiência essencial, um modo de decidir como percorrer a própria vida com responsabilidade”. Além de afirmar que jogos e brincadeiras contribuem para o desenvolvimento e aprendizagem, Lino afirma que o lúdico permite às crianças vivenciarem experiências fundamentais que terão implicações para toda a vida.
Quando as crianças brincam, elas fazem representações, vivem a experiência de reconstruir o cotidiano e simbolizar a vida; mesmo ao brincar de faz-de-conta, as crianças envolvem-se naquele contexto, podendo compreender e aceitar melhor a realidade que a cerca. Por exemplo, quando a criança brinca de casinha e representa a mamãe que trabalha fora, trabalha em casa, disciplina os filhos etc., ela pode suportar ou compreender os tempos que a mãe, fica longe dela. Ao brincar de faz-de-conta a criança aprende a representar as coisas e as pessoas a seu modo, elas recriam a realidade, compreendendo o sentido e o valor das coisas.  
Nos jogos e brincadeiras a criança também tem a oportunidade de fazer escolhas, desenvolver planejamentos, aprender com os erros, repensar em suas ações e recomeçar. Tomas essas são situações e atitudes que acompanharão as pessoas por toda a vida, assim, quando a criança tem a oportunidade de trabalhar com isso desde bem cedo, ela estará mais preparada para lidar com suas conquistas e frustrações, administrar sua vida e tomar decisões com mais segurança e responsabilidade.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/brincar-mais-que-aprender-jogos-brincadeiras-aprendizagem-541594.shtml

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Classificação dos Jogos Cooperativos

Há alguns dias atrás, falamos sobre a importância dos jogos cooperativos, hoje vamos mostrar como se classificam os jogos cooperativos e dar alguns exemplos.
Os jogos cooperativos se dividem em quatro categorias principais: Jogo Cooperativo sem perdedores, Jogo de resultado Coletivo, Jogos de inversão e Jogos Semi-cooperativos.

Jogos Cooperativos sem perdedores

Nesses jogos normalmente não se tem perdedores, todas as pessoas jogam juntas para superar um desafio comum.

Jogos Cooperativos de Resultado Coletivo

São formadas duas ou mais equipes que incorporam o conceito de trabalho coletivo por um objetivo ou resultado comum a todos, sem que haja competição entre os times que necessitam de alto grau de cooperação entre si, assim como, cooperar coletivamente com os outros times para alcançar a meta.

Jogo de Inversão

Esses jogos quebram o padrão de times fixos e consequentemente mexem com a questão: Quem venceu?
Trazem o prazer pelo jogo e não pela vitória.
Exemplos de Inversão:

Rodízio: Os jogadores trocam de times em determinados momentos, no final do lance, do saque ou arremesso, por exemplo.

Inversão do “Goleador”: Quem faz ponto muda de time.

Inversão do placar: Os pontos são marcados para o outro time.

Jogos Semi-Cooperativos

Esses jogos favorecem o aumento da cooperação no grupo e oferecem as mesmas oportunidades de jogar para todas as pessoas do time. Os times continuam jogando um contra o outro, mas a importância do resultado é diminuída, a ênfase passa a ser o envolvimento ativo no jogo e a diversão.
Todos tocam/todos passam: Antes de tentar o ponto a bola precisa passar por todos os jogadores do time.
Todos marcam ponto: Para vencer o jogo cada jogador do time precisa ter marcado ponto pelo menos uma vez.
Passe misto: jogado com homens e mulheres onde a bola precisa passar alternadamente por homens  mulheres.
Todas as posições: Todos os jogadores passam por todas as posições do jogo.

Ao introduzir qualquer jogo cooperativo é importante adaptar a tarefa para que seja desafiante e apropriada ao grupo e às pessoas.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O Jogo na Teoria de Vygotsky


Lev Semenovitch Vygotsky nasceu em 1896 na Rússia e morreu precocemente em 1934 por tuberculose. foi pioneiro na noção de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida.
Para Vygotsky a brincadeira é fundamental para o desenvolvimento infantil, principalmente porque oportuniza interações. Vygotsky defende que jogar e brincar atua na zona de desenvolvimento proximal do individuo, criando condições para que determinados conhecimentos sejam consolidados. Vygotsky defende uma teoria sócio-interacionista, onde primeiro o individuo aprende para depois se desenvolver, e a zona de desenvolvimento proximal é justamente um período onde a pessoa já possui certa potencialidade para começar a desenvolver determinada habilidade, mas que ainda não se consolidou. É o espaço em que a pessoa está em transição, em amadurecimento, por isso a intervenção através de oportunidades para interagir, conhecer e aprender serão determinantes para que a pessoa se desenvolva.



Diante da teoria sócio-interacionista, onde primeiro o individuo aprende para depois se desenvolver, Vygotsky reforça a importância de jogos e brincadeiras para o desenvolvimento infantil. É fundamental que a criança tenha oportunidades para brincar, se movimentar, conhecer, experimentar, sentir, descobrir, explorar, criar, interagir para que possam desenvolver suas potencialidades. A teoria de Vygotsky enfatiza ainda mais a responsabilidade do professor no desenvolvimento do aluno. É fundamental que os professores, em suas práticas pedagógicas e metodologias de ensino, insiram jogos e brincadeiras com fins educativos, para que possam propiciar aos alunos excelentes experiências para que possam se desenvolver e aprender com maior facilidade.
O brincar desenvolve a função simbólica e a linguagem e trabalha com os limites existentes entre o imaginário e o concreto.
Para Vygotsky, o uso dos jogos proporciona ambientes desafiadores, capazes de “estimular o intelecto” proporcionando a conquista de estágios mais avançados de raciocínio. Quando o professor propõe situações de jogos na sala de aula, ocasiona momentos de afetividade entre a criança e o aprender, tornando a aprendizagem mais significativa e prazerosa.



Enfim, jogos e brincadeiras combinados ao processo de ensino, são uma excelente oportunidade de aprendizagem, além de propiciar as crianças desenvolvimento físico, motor, intelectual, psicológico, aprimorar as habilidades sociais, a interação e o raciocínio.

A Classificação dos Jogos para Piaget

Jogos de Exercício:


Os jogos de exercício, também denominados de jogos sensórios motores, aparecem no primeiro período de desenvolvimento da criança, ou seja, no período de atividade sensório motor. Esse é o primeiro tipo de jogo que aparece no desenvolvimento da criança, mas ele é fundamental, pois é nesse período que a criança começa a explorar o mundo, começa a conhecer seus sentidos, sensações e movimentos. Esse período é acentuado principalmente nos dezoito primeiros meses, apesar de permanecer por toda a vida.

Jogos Simbólicos:


Os jogos simbólicos ocorrem principalmente no período entre dois até os sete anos, é a fase em que a criança começa a representar, a simbolizar alguma atividade da vida real. O principal jogo simbólico é brincar de faz-de-conta, a criança representa que está trabalhando, estudando, cuidando da casa, fazendo compras, sendo o papai/ mamãe etc. o jogo simbólico permite que a criança desenvolva a imaginação, alem de permitir que a criança compreenda o mundo e a realidade. Mas a partir dos sete anos, á medida que a criança vai se adaptando às realidades físicas e sociais, ela vai deixando de se dedicar as transposições simbólicas e começa a se interessar cada vez com mais intensidade pela existência verdadeira, passando a se interessar por outros tipos de jogos.

Jogos de Regras:


Para Piaget os jogos de regra começam a aparecer aos quatro anos de idade e nunca mais desaparece. O autor distingue dois tipos em relação as regras: as transmitidas e as espontâneas. As regras transmitidas se referem aos jogos institucionais que se impõe por influencia das gerações anteriores. Já as regras espontâneas se referem aos jogos de natureza contratual e momentânea.
Piaget afirma que os jogos de regras envolvem combinações sensório-motoras (corridas, lançamento de bolinhas de gude) ou intelectuais (cartas, dama, xadrez, cubo mágico) de competência dos indivíduos e regulados por um código transmitido de geração em geração, ou por acordos improvisados.

O Jogo na Teoria de Piaget


Jean William Fritz Piaget nasceu na suíça em 1896 e morreu em 1980, foi um grande epistemólo, contribuindo muito para o estudo do desenvolvimento cognitivo. Em todas as suas obras sempre enfatizou a importancia do lúdico para o desenvolvimento das crianças.
Para Piaget o jogo é essencial para o desenvolvimento infantil; “a atividade lúdica é o berço das atividades intelectuais da criança, sendo por isso, indispensável à prática educativa.
Piaget afirma que “os jogos são admiráveis instituições sociais” porque ao jogar as crianças desenvolvem suas habilidades sociais e criam um relacionamento grupal. O relacionamento social desenvolve-se na vivencia de situações estratégicas de liderança e cooperação, onde a criança começa a perceber quais seus limites e os limites dos outros. Os jogos atuam também como redutores das tensões do grupo, permitindo a participação e integração negociada.
Segundo Piaget, ao brincar a criança apreende a realidade, pois tem a oportunidade de recriar situações vividas na vida real.
Jogar também potencializa o desenvolvimento afetivo, pois a criança aprende a aceitar e submeter seus impulsos e desejos às exigências do jogo, também aprende a conviver com frustrações e alegrias, além de aprender a aceitar os outros e as suas atitudes.
Ao criar soluções que lhe permitam jogar, a criança toma consciência das suas potencialidades, pois ao jogar é necessário raciocinar, julgar, argumentar e chegar a um consenso.
Ao brincar a criança desenvolve o pensamento lógico e o cognitivo, pois jogar permite o treino das operações do pensamento como a criatividade, a capacidade de associar, discriminar, analisar, bem como as habilidades estratégicas.
No desenvolvimento motor, o jogo permite melhorar as aptidões motoras, elevando as capacidades de força, velocidade, resistência, flexibilidade, coordenação, lateralidade, estruturação das noções de tempo e espaço etc.
Os jogos infantis caracterizam-se pela simplicidade de organização e pela pouca ou nenhuma necessidade de materiais, mas para a obtenção de resultados positivos, o planejamento é fundamental. Os professores não devem encarar o brincar apenas como uma atividade recreativa de distração, pois como Piaget defendia, a atividade lúdica é essencial para o desenvolvimento integral das crianças, por isso jogos e brincadeiras devem ser inseridos nas práticas educativas. Todos os jogos e brincadeiras devem ser devidamente planejados, os objetivos a serem alcançados devem ser bem definidos. Toda a atividade lúdica deve ter por finalidade o desenvolvimento e a aprendizagem da criança.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Palitinhos

   Cada jogador deverá ter três palitinhos no máximo (pode-se partir um palito em três pedaços). Pode jogar colocando na mão todos 3, ou 2 ou apenas 1, ou com a mão vazia – zero ponto, o restante dos palitos ficam escondidos na outra mão. Para iniciar a brincadeira os jogadores expõem a mão fechada com os palitos dentro. Cada um deve tentar adivinhar a soma total de palitos que tem em todas as mãos juntando com a sua. Todos dizem um número. Depois abrem as mãos, soma-se a quantidade de palitos total para ver quem acertou. Recomeça a brincadeira.  

ESTAFETA AO QUADRO NEGRO

   Organiza-se duas filas de crianças. Elas devem escolher um número qualquer que será o resultado do cálculo que irão realizar (Por exemplo: 30). Dá-se o sinal de partida, então o primeiro jogador de cada fila deverá correr ao quadro e escrever dois números quaisquer, depois somá-los ou subtraí-los e voltar para a sua fila, entregar o giz ao segundo jogador e ir para traz do último jogador. O segundo jogador deverá correr ao quadro e também irá proceder da mesma forma, porém antes deverá verificar se o cálculo anteriormente feito pelo colega está certo, se não estiver deverá corrigi-lo e depois fazer o seu. Deverá proceder assim até ó último jogador. Este deverá somar ou subtrair de forma que consiga o resultado inicialmente proposto. Por exemplo: se o número combinado foi 30 e o último número restado foi 22 ele deverá somar com 8. Vence a fila que terminar primeiro.


segunda-feira, 27 de junho de 2011

Eu era Assim...


1. Quando eu era nenê, nenê, nenezinho,
    Eu era assim... Eu era assim...

2. Quando eu era menina, menina, menina,
    Eu era assim... Eu era assim...


3. Quando eu era mocinha, mocinha, mocinha,
    Eu era assim... Eu era assim...

4. Quando eu era casada, casada, casada,
    Eu era assim... Eu era assim...

5. Quando eu era mamãe, mamãe, mamãe,
    Eu era assim... Eu era assim...

6. Quando eu era vovó, vovó, vovó,
    Eu era assim... Eu era assim...

7. Quando eu era caduca, caduca, caduca,
    Eu era assim... Eu era assim...

8. Quando eu era caveira, caveira, caveira,
    Eu era assim... Eu era assim...

Formação: Roda – Crianças de mãos dadas.

Desenvolvimento: As crianças caminham, cantando os versos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8. Sempre que cantam “Eu era assim”- deixam as mãos das companheiras e caminham em roda, uma atrás da outra, fazendo a mímica correspondente à letra: “nenê”- embalando a criança; “menina”- pulando corda; “mocinha”- pintando-se no espelho; “casada”- passeando de braço dado; “mamãe”- dando palmadas; “vovó”- andando curvada; “caduca’- andando às tontas; “caveira”- fazendo caretas, tendo as mãos crispadas à altura do rosto.

domingo, 26 de junho de 2011

Cavalo Guloso


Adulto fala e as crianças repetem a letra e os gestos:

Era um cavalo guloso
Que só comia capim
De tanto comer capim
Seu bracinho ficou assim (dobra o braço)
Assim, assim, assim
Assim, assim, assim

Era um cavalo guloso
Que só comia capim
De tanto comer capim
O outro bracinho ficou assim (dobra o braço)
Assim, assim, assim
Assim, assim, assim

Era um cavalo guloso
Que só comia capim
De tanto comer capim
Sua perninha ficou assim (entorta a perna para o lado)
Assim, assim, assim
Assim, assim, assim

Era um cavalo guloso
Que só comia capim
De tanto comer capim
A outra perninha ficou assim (entorta a perna para o lado)
Assim, assim, assim
Assim, assim, assim

Era um cavalo guloso
Que só comia capim
De tanto comer capim
Sua cabeça ficou assim (entorta a cabeça)
Assim, assim, assim
Assim, assim, assim

Era um cavalo guloso
Que só comia capim
De tanto comer capim
Sua linguinha ficou assim (põe a língua para fora)
Assim, assim, assim
Assim, assim, assim

Era um cavalo guloso
Que só comia capim
De tanto comer capim
Acabou caindo assim (deita no chão)
Assim, assim, assim
Assim, assim, assim

Boneca de Lata

Minha boneca de lata bateu com a cabeça no chão
Levou mais de uma hora pra fazer operação
Desamassa aqui pra ficar boa
 

Minha boneca de lata bateu com os ombros no chão
Levou mais de duas horas pra fazer operação
Desamassa aqui, desamassa aqui pra ficar boa



Minha boneca de lata bateu com os braços no chão
Levou mais de três horas pra fazer operação
Desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui pra ficar boa

Minha boneca de lata bateu com os joelhos no chão
Levou mais de quatro horas pra fazer operação
Desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui pra ficar boa

Minha boneca de lata bateu com o nariz no chão
Levou mais de cinco horas pra fazer operação
Desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui pra ficar boa
...
Música: Eliana

Dicas de brincadeiras cantadas

Hoje daremos algumas dicas de brincadeiras que os professores podem propor aos seus alunos. São brincadeiras simples que não implicam nenhum custo financeiro, mas são muito divertidas e eficazes, pois envolvem músicas, danças, imitações, movimento e interação, contribuindo bastante para a motricidade e socialização das crianças.

sábado, 25 de junho de 2011

QUEBRA-CABEÇAS !

Olá !
  Hoje eu vou falar sobre os benefícioquebra-cabeça no desenvolvimento das crianças.
Os quebra-cabeças são de suma importância para o desenvolvimento físico,  neurológico, psicomotor, capacidade de concentração, noção espacial, percepção visual, além de auxiliar nos processos de amadurecimento e resolução de questões de cunho psicológico. Apesar de ser fonte de enriquecimento para o cérebro de todas as idades, é na infância que ele cumpre seu papel mais eficaz.    

 Características reforçadas com o hábito de montar quebra-cabeças:

- DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES COGNITIVAS : Aumenta o raciocínio, eleva suas habilidades, melhora a capacidade de desenvolver problemas a percepção visual,espacial e sua sensibilidade.

-DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES MOTORAS REFINADAS: Melhorar as habilidades motoras mais delicadas, que exijam mais firmeza nas mãos.

-DESENVOLVIMENTO DE COORDENAÇÃO  MOTORA E VISUAL: A ação conjunta de mãos e olhos,trabalhando  de maneira coordenada, são extremamente benéficas e altamente reforçadas atraves desse processo de tentativa, erro e acerto.   

-DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES SOCIAIS: O quebra-cabeça é um ótimo instrumento de socialização e cooperação com o próximo na hora de brincar.

São por esses e tantos outros benefícios que escolhemos o quebra-cabeça para nomear nosso blog. Agora é só escolher o mais adequado a cada idade e BOM DIVERTIMENTO E DESENVOLVIMENTO !


Fonte :http://www.magazineluiza.com.br/PortaldaLu/verConteudo.asp?id=614

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Jogos Cooperativos

Imagem Google: Ministério da Educação - Brasil

Hoje eu li um artigo muito interessante do Fábio Otuzi Broto, que fala sobre a importância de jogos cooperativos. Para Brotto, hoje a sociedade tem valorizado muito a competição, mas ele acredita que tanto competir como cooperar são valores culturais, são atitudes que podem ser ensinadas e apreendidas através da educação.
O autor afirma que as pessoas não são ensinadas a jogar por alegria, prazer ou diversão, apenas para vencer. Assim os jogos tornam-se espaço para tensão, derrota, ilusão de melhor ou pior e gera sentimentos como raiva, medo, fracasso, frustração e rejeição. Brotto acredita que nem a escola tem dado ênfase para atividades que promovam interações positivas.
A ideia dos jogos cooperativos é que os participantes joguem para superar desafios e não para superar os outros. O objetivo desses jogos é diminuir a pressão para competir, promover a interação e a participação de todos; são jogos para unir as pessoas e ensiná-las a compartilhar e a trabalhar em equipe.
Para se colocar em prática os jogos cooperativos não há a necessidade de criar novos jogos, é possível apenas modificar as regras dos jogos já existentes. Os professores podem incentivar os alunos a refletir sobre as possibilidades de transformação do jogo, na perspectiva de melhorar a participação, o prazer e a aprendizagem de todos.
Dessa forma os jogos poderão ser um excelente espaço de ensino e aprendizagem para o desenvolvimento de crianças e jovens.  

O Jogo na concepção de Wallon




Henri Wallon
Imagem Google


Henri Wallon nasceu na França em 15 de Junho de 1879 e morreu em 1 de Dezembro de 1962. Foi médico, psicólogo e filósofo e desenvolveu teorias pedagógicas que contribuíram muito para a Educação.
Wallon sempre se interessou pelo funcionamento e desenvolvimento neurológico das crianças, e em 1914 quando serviu vários meses como médico do exército francês, o contato com lesões cerebrais sofridas por ex combatentes fez com que revirasse seus postulados neurológicos que havia desenvolvido no atendimento a crianças com deficiência. Assim em 1925 publicou a sua tese de doutorado A criança turbulenta, iniciando um período de intensa produção literária na área de psicologia da criança.
Segundo Wallon, o fator mais importante para a formação da personalidade não é o meio físico, mas sim o social. O autor acredita que a afetividade associada à motricidade, são as principais responsáveis pelo desenvolvimento psicológico da criança. Para o autor, a construção da personalidade é um processo progressivo, onde se realiza a integração da afetividade e da inteligência.
Para Wallon é fundamental que a criança tenha a oportunidade de brincar, pois é através do corpo que ela estabelece a primeira comunicação com o meio.
Wallon define o jogo como uma atividade voluntária da criança, diz que toda a atividade da criança é lúdica. Assim se um jogo é imposto, deixa de ser jogo.
Wallon classifica os jogos infantis em quatro categorias: jogos funcionais, jogos de ficção, jogos de aquisição e jogos de fabricação.
Os jogos funcionais caracterizam-se por movimentos simples de exploração do corpo, através dos sentidos. A criança descobre o prazer de executar as funções que a evolução da motricidade lhe possibilita. Quando a criança percebe os efeitos agradáveis e interessantes obtidos nas suas ações gestuais, sua tendência é procurar o prazer repetindo suas ações.
Os jogos de ficção são atividades lúdicas caracterizadas pela ênfase no faz de conta e na imaginação. É quando a criança assume papeis do seu contexto social, brincando de imitar o papai, a mamãe, a professora, o médico etc.
Os jogos de aquisição é quando a criança se empenha para compreender e conhecer: imitar canções, gestos, sons, imagens e histórias.
Os jogos de fabricação são jogos onde a criança realiza atividades manuais de criar, combinar, juntar e transformar objetos.
Nós achamos a concepção de jogo de Wallon muito interessante, além de contribuir bastante para a conscientização de que a aquisição de jogos e brincadeiras na educação infantil é fundamental para o desenvolvimento motor, psicológico, intelectual e social da criança.

domingo, 19 de junho de 2011

O espaço dos Jogos e Brincadeiras na Escola

Apesar de haver muito indícios que comprovam a importância da brincadeira no desenvolvimento e no processo de aprendizagem infantil, existem muitas pessoas, inclusive educadores que não se conscientizam sobre esse fato.
Wajskop (1997) ao analisar o espaço que a escola reserva à brincadeira e como a brincadeira está inserida nas práticas educativas infantis, conclui que, apesar da escola representar um espaço que supostamente deveria favorecer à criança o seu desenvolvimento como ser autônomo, criativo e pleno; os professores vem reprimindo as crianças na forma de aluno, do qual se espera obediência, silêncio, passividade e submissão. Enfim, acredita-se que para aprender, a criança deve ficar totalmente parada e imóvel. Não são apresentadas às crianças oportunidades de interagir com outras crianças e com o ambiente. Brincadeiras e jogos não são inseridos nos métodos de ensino.
Em concordância, Cória-Sabini e Lucena (2007) comentam que muitos professores do ensino infantil só dão ênfase na preparação para a prontidão, ou seja, só visam preparar as crianças para as séries seguintes, eles vêem as crianças como futuros adultos, dessa forma eles desconsideram as características e as necessidades específicas da criança, que envolve aprender brincando. Para estes professores, brincar é sinônimo de dispersão, assim as brincadeiras só são utilizadas em momentos de recreação; não são consideradas um procedimento valioso de aprendizagem, não há interação entre as brincadeiras e os métodos de ensino.
A brincadeira só é vista como um meio de gastar a energia acumulada das crianças. Mas na sala de aula na hora de aprender, não deve haver brincadeira, a criança tem que estar quieta, parada e concentrada.

sábado, 18 de junho de 2011

As crianças têm o Direito de Aprender Brincando

A maioria dos grupos sociais hoje reconhece que a brincadeira é uma atividade essencial para o desenvolvimento infantil; com o advento de pesquisas sobre o desenvolvimento humano, observou-se que o ato de brincar conquistou muito mais espaço no âmbito educacional. Isso prova que brincar é importante para o desenvolvimento humano e para o processo de aprendizagem.
Brincar está presente até mesmo no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998), onde a brincadeira é colocada como um princípio fundamental e é defendida como um direito, uma forma particular de expressão, de pensamento, interação e comunicação entre outras crianças.
Esse documento, tendo em vista a melhoria da qualidade de ensino, estabelece que no processo de aprendizagem, o educador tem que garantir à criança o direito de se expressar, movimentar e brincar.
O Direito de Brincar da Criança também é defendido no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), regulamentado no Artigo 277 da constituição de 1988 e na lei nº. 8.069, de 13 de Julho de 1990, onde diz que a criança também é cidadã e deve ter seus direitos defendidos, assim no Capítulo II (do Direito à liberdade, ao Respeito e a Dignidade) no Artigo 16 é definido que o direito à liberdade da criança envolve brincar, praticar esportes e divertir-se.
A importância do Brincar no processo Educativo também está presente na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1999), onde há uma preocupação em sensibilizar os educadores para a importância de inserir brincadeiras no processo de ensino.
Verifica-se nestes documentos que a inserção do Brincar pode constituir-se em um elemento essencial para o ensino no processo educativo. O Brincar é fundamental para melhorar a qualidade de ensino, promovendo melhores condições para o desenvolvimento da educação.

A Importância de Jogos e Brincadeiras para o desenvolvimento Infantil

Brincar é uma das principais características da infância. Quando as crianças brincam, elas exercitam o cérebro e o corpo, desenvolvendo suas faculdades intelectuais, cognitivas e motoras. Nos primeiros meses de vida a criança vai conhecer o mundo através do corpo, por isso é fundamental que ela tenha a oportunidade de se movimentar e brincar, para que, através dos sentidos, ela explore e conheça as coisas. É por meio das brincadeiras que as crianças aprendem a interpretar o mundo que as cerca, podendo interagir com ele.
As brincadeiras são essenciais para o desenvolvimento integral, pois através do brincar a criança desenvolve a compreensão de sua capacidade de se mexer, de criar e de controlar os próprios movimentos, isso provoca o descobrimento do próprio corpo e de tudo que é possível fazer com ele, dessa forma quanto mais a criança brinca, maior será o seu desenvolvimento motor e físico. As brincadeiras também contribuem para o desenvolvimento intelectual e cognitivo, pois brincando a criança tem a oportunidade de criar e construir as coisas, expandindo a criatividade e a imaginação; por meio de brincadeiras de faz-de-conta a criança entende o mundo e a realidade, ao mesmo tempo em que aprende regras, normas de conduta e de comportamento. Brincar é uma atividade prazerosa, assim quando conhecimentos são transmitidos de maneira combinada com brincadeiras, a criança aprenderá com maior facilidade e rapidez.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Bem Vindo ao Quebra Cabeça Edu!

Este Blog é uma atividade didática que foi desenvolvida por exigência da disciplina de Informática Instrumental sob a responsabilidade do prof. Dr. José Eduardo Santarém Segundo.
Somos alunas do primeiro ano de Pedagogia da USP e na disciplina de Informática estamos aprendendo sobre a Web 2.0 onde é enfatizada a importância de uma web mais dinâmica e interativa em que os usuários ao invés de apenas visualizar as informações da Internet, passam a ter participação ativa por publicar novos conteúdos, compartilhar informações, fotos, vídeos etc.. “A Internet vem se transformando num espaço democrático de expressão e acesso a todos, permitindo a construção da informação de maneira coletiva” (SANTARÉM, 2011). E o blog é um excelente exemplo disso, ele permite a milhares de pessoas publicarem suas ideias, expressarem suas opiniões e compartilharem informações de maneira aberta, interativa e coletiva.
Assim desenvolvemos o nosso blog com o objetivo de compartilhar experiências e informações sobre a importância da inserção de jogos e brincadeiras nas práticas pedagógicas.